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Mostrando postagens de março, 2018

A Vigília Pascal

A vigília pascal constitui o âmago de todo o Ano Litúrgico. É considerada a mãe de todas as Vigílias. Aliás, toda a Ação pastoral da Quaresma deveria ter como meta a participação na Vigília pascal. Não basta dizê-lo aos fiéis. Será preciso os Pastores irem mostrando sua grande riqueza. Nesta noite santa, a Igreja não celebra apenas a Páscoa de Jesus Cristo. Celebra também a páscoa dos cristãos, seus membros. A festa pascal é festa batismal. A Igreja dá à luz novos filhos pela fé e pelo Batismo e, após a penitência quaresmal, renova a própria Aliança batismal, para participar mais intensamente da Ceia pascal do Cordeiro imolado e glorioso. Entre nós, a páscoa é enriquecida pela Campanha da Fraternidade. Por ela se realizou uma experiência pascal da Comunidade eclesial. Fundamentalmente se trata da celebração da vida renovada em Cristo ressuscitado. Tudo fala de vida e de felicidade. As diversas etapas da vigília fazem com que a vida divina penetre a Comunidade celebrante. A

A Páscoa de Cristo e dos Cristãos

Páscoa é a passagem da morte para a vida por obra de Deus. Na solenidade da Páscoa, que se estende por 50 dias, a Igreja celebra a Páscoa de Cristo e dos cristãos, ou a páscoa dos cristãos na páscoa de Cristo. A compreensão disso é de máxima importância para a vida em Cristo, para toda a dimensão pascal da vida dos cristãos. Por sua morte e ressurreição, Jesus vence o pecado e a morte: aquele que os ímpios fizeram perecer, suspendendo-o ao madeiro, Deus o ressuscitou ao terceiro dia (cf. 1ª leit., At 10,34a.37-43). “Ele nos ordenou que anunciássemos ao Povo e atestássemos ser ele o juiz dos vivos e dos mortos estabelecido por Deus. A ele todos os profetas dão testemunho de que todo aquele que nele crer receberá, por seu nome, a remissão dos pecados” (At 10, 42-43). Os cristãos já ressuscitaram com Cristo. Já morreram e sua vida está escondida com Cristo em Deus: “Ouando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele em glória” (cf. 2ª le

Sexta-feira Santa – Celebração da Paixão do Senhor

Enquanto o Esposo dorme, a esposa se cala. Assim, na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo, a igreja não celebra os Sacramentos. Debruça-se totalmente sobre o sacrifício da Cruz por meio de uma Celebração da Palavra de Deus. Neste dia, a Liturgia deseja beber diretamente da fonte. Abre a celebração num gesto de humildade. Os ministros prostram-se em silêncio diante do altar e, em seguida, o Presidente, sem mais, diz a oração do dia. Segue-se a Liturgia da Palavra, onde se destaca a proclamação da Paixão de Jesus Cristo segundo João (Jo 18,1-19,42). Nela aparece o Cristo Senhor, o Cristo Rei, o Cristo vitorioso que vai comandando os diversos passos da Paixão. Entrega-se livremente, faz os guardas caírem por terra e, depois de tudo consumado, entrega o espírito ao Pai. Na morte ele é glorificado. Submete-se à morte para deixar-nos o exemplo de reconhecimento de nossa condição humana de criaturas mortais. Na Liturgia da Palavra, a Igreja curva-se sobre o mistério da Cruz. A resposta

Quinta-feira Santa – Celebração Profética da Páscoa

Nos séculos IV e V, quando se formou o Rito romano, a Quinta-feira era o dia da reconciliação dos penitentes públicos para que pudessem celebrar com o fruto o Tríduo Pascal.Também na Liturgia renovada atual, a Ouinta-feira Santa tem dois momentos bem distintos. É simplesmente um Dia de semana da Semana Santa com Ofício do Dia de semana na Quaresma, e marca o início do Tríduo pascal com a Missa Vespertina da Ceia do Senhor. Temos ainda, na parte da manhã, a Missa do Crisma. Mas se quisermos caracterizar a Quinta-feira Santa no seu mistério mais profundo, podemos dizer que celebra profeticamente a Páscoa de Jesus Cristo prolongada na Igreja. Esta Igreja que nasce, como esposa, do lado aberto de Cristo, esta Igreja gerada como Corpo místico de Cristo pela celebração dos Sacramentos e a prática do novo mandamento. Em outras palavras, podemos dizer que na Quinta-feira Santa sela-se o Testamento da Nova Aliança, em torno dos Sacramentos, especialmente da Eucaristia, e do novo Mandament

Quinta-feira Santa - Programação Santuário São Francisco

Papa: Jesus Cristo, o único que nos justifica e nos faz renascer, nenhum outro

”Na manhã de Páscoa, levem as crianças até a torneira e lavem os olhos delas. Será um sinal de como ver Jesus Ressuscitado”, disse o Papa ao concluir sua catequese sobre o Tríduo Pascal. Cidade do Vaticano O anúncio de que Cristo ressuscitou é o centro de nossa fé! O Papa Francisco dedicou a catequese da Audiência Geral desta quarta-feira ao Tríduo Pascal, “para aprofundar um pouco” o que representam para nós, crentes,  os dias “mais importantes do ano litúrgico”, que constituem “a memória celebrativa de um único grande mistério: a morte e a ressurreição do Senhor Jesus”. O Papa começou perguntando aos 12 mil fiéis presentes na Praça São Pedro qual era a festa mais importante da nossa fé, a Páscoa ou o Natal? E recordou, que até aos 15 anos, ele acreditava que fosse o Natal, “mas todos erramos”, pois é a Páscoa, “porque é a festa da nossa salvação, a festa do amor de Deus por nós, a festa, a celebração da sua morte e ressurreição”. Tríduo Pascal   “O T

Francisco de Assis, um homem reconciliado

A palavra reconciliação é de grandíssima atualidade. As “diferenças”  não são aceitas e as pessoas se encastelam no ódio, cavando cisternas  e cortando pontes.  Mundo caótico, mundo de ódios e de violência,  mundo “desembestado”  sem respeito nem  cortesia. Os homens perderam a formula de serem humanos. Nada mais importante do que um empenho de reconciliação.  Frei  Antonin Allis, OFMCap, publicou na revista “Evangile  Aujourd’hui”,  n. 211, p. 29-35, um texto que levou o título de “François d’Assise, un homme  reconcilie”.  Nosso site da Imaculada se inspira fortemente  nessa reflexão do frade capuchinho. A reconciliação abrange um conjunto de relações do ser humano consigo mesmo, com os outros, com Deus e com o mundo criado. O contrário de “reconciliado” parece ser uma pessoa “explodida”. A não reconciliação é alguma coisa da ordem da violência ou da paixão. As pessoas se dopam, se drogam para “corrigir” as explosões. Contrário a “reconciliado”, “reconciliação” é uma ser rasga

OFÍCIO DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR – ESCRITOS DE SÃO FRANCISCO

TERCEIRA PARTE Aqui começam outros Salmos, que nosso beatíssimo pai Francisco compilou igualmente. Sejam rezados em lugar dos acima citados Salmos em honra da paixão do Senhor, nos domingos e festas principais desde a oitava de Pentecostes até o Advento e desde a oitava da Epifania até a Quinta-feira Santa. Entenda-se bem que devem ser rezados nesse mesmo dia, porque é o dia da Páscoa do Senhor. COMPLETAS Antífona: Santa Virgem Maria Salmo: Ó Deus, vinde em meu auxílio (Sl 69). Como está no Saltério. MATINAS Antífona: Santa Virgem Maria. Salmo: Cantai ao Senhor… Como acima… PRIMA Antífona: Santa Virgem Maria. Salmo: Tende piedade de mim, ó Deus… Como acima… TERÇA Antífona: Santa Virgem Maria. Salmo: 1 Aclamai a Deus, terras todas, cantai a glória do seu nome; – rendei-lhe glorioso louvor (Sl 65,1). 2 Dizei a Deus: Como são estupendas vossas obras! – Tal é o vosso poder que os próprios inimigos vos glorificam (Sl 65,2) 3 Diante de vós se prosterne toda a terr

OFÍCIO DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR – ESCRITOS DE SÃO FRANCISCO

SEGUNDA PARTE No Sábado Santo Quer dizer, depois de encerrado o sábado COMPLETAS Antífona: Santa Virgem Maria Ó Deus, vinde em meu auxílio, etc. O Salmo 69 é rezado por extenso conforme se encontra no Saltério. Antífona, cf. acima E isto se reza até a oitava de Pentecostes, às Completas. MATINAS DO DOMINGO DA PÁSCOA Antífona: Santa Virgem Maria. Salmo: 1 Cantai ao Senhor um cântico novo – pelas maravilhas que Ele operou (Sl 97,1). 2 Sua destra santificou o seu Filho – e seu santo braço (Sl 97,1). 3 0 Senhor fez conhecer a sua salvação; – à face de todos os povos manifestou a sua justiça (Sl 97,2). 4 Naquele dia o Senhor ofereceu a sua misericórdia – e à noite foi cantado o seu louvor (Sl 91,9). 5 Este é o dia que o Senhor fez – alegres exultemos por ele (Sl 117,24). 6 Bendito seja o que vem em nome do Senhor, – o Senhor é Deus e fez brilhar sobre nós a sua luz (Sl 117,26-27). 7 Alegrem-se os céus, rejubile a terra; ressoe o mar com tudo o

OFÍCIO DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR – ESCRITOS DE SÃO FRANCISCO

  Aqui começam os Salmos que nosso beatíssimo pai Francisco fez compilar em honra, memória e louvor da paixão do Senhor, para serem rezados por extenso a todas as horas do dia e da noite.  Começam com as Completas da Sexta-feira Santa porque naquela noite Nosso Senhor Jesus Cristo foi traído e preso. Cumpre notar que o bem-aventurado Francisco rezava essas horas da seguinte maneira: Primeiro dizia a oração que Nosso Senhor e Mestre nos ensinou: “Santíssimo Pai nosso, etc.” com os louvores, a saber: “Santo, santo, santo” (como ficou dito acima). Após os louvores com sua oração entoava a seguinte antífona, a saber: “Santa Virgem Maria”. Recitava primeiros os Salmos que tinha selecionado; e no fim de todos os salmos que recitava e rezava ainda os Salmos da Paixão.  No fim do Salmo rezava a seguinte antífona: “Santa Virgem Maria”. Terminada a antífona, encerrava-se o ofício. PRIMEIRA PARTE COMPLETAS Antífona: Santa Virgem Maria. Salmo 1 – Ó Deus, a vós expus a minha vida;

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Um dos bens mais preciosos desse planeta merece atenção: a água. Devemos ter consciência do que ela representa para todos nós e preservá-la a qualquer custo. O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. A ONU decretou esse dia para todos tomarem consciência desse bem precioso para todos aqui na Terra. A razão é a quantidade baixíssima de água potável (para consumo) no planeta, apenas 0,008%. Falta de água   A maioria dos lagos, rios e represas estão sendo contaminadas pelo homem. A poluição também é uma grande inimiga. Em um futuro próximo, pode ser que essa porcentagem de água potável baixe ainda mais, havendo falta de água potável no mundo todo. Grande parte da população mundial já não possui água própria para consumo, e medidas práticas estão sendo tomadas. O Dia Mundial da Água foi criado com o intuito de criar um momento de reflexão, análise e criação de novas medidas para resolver esses prob

São José, protetor da Sagrada Família

São José, esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família. Celebra-se hoje, 19 de março, a Solenidade de São José. Neste dia, a Igreja, espalhada pelo mundo todo, recorda solenemente a santidade de vida do seu patrono. Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo. Seu nome, em hebraico, significa “Deus cumula de bens”. No Evangelho de São Mateus vemos como foi dramático para esse grande homem de Deus acolher, misteriosa, dócil e obedientemente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo. “Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa” (Mt 1,24). O Verbo Divino quis viver em família. Hoje, deparamos com o testemunho de José, “Deus cumula de bens”; mas, para que este bem maior penetrasse na sua vida e história, ele precisou renunciar a

Água é direito, não mercadoria

Capítulo Avaliativo: 73 Fraternidades em Agudos

Com a presença de 151 irmãos, entre capitulares, observadores e convidados, foi realizado no último final de semana, no Seminário Santo Antonio, em Agudos (SP), o Capítulo Ordinário Avaliativo da Fraternidade Regional Sudeste III. Estavam representadas neste Capítulo 73 Fraternidades Franciscanas Seculares da Região. O Ministro Antonio Julio Martins iniciou fazendo uma apresentação da situação atual onde estão presentes essas Fraternidades e destacou que, em meio a tantas dificuldades, o Espírito de Assis continua presente entre os seculares. Frei José Carlos Correa Paz, TOR, a partir do tema do Capítulo: “Anunciando Cristo pela Vida e pela Palavra” e do lema: “Franciscanos Seculares: irmãs e irmãos na Igreja em saída”, fez uma reflexão sobre o símbolo do Capítulo e destacou a importância da espiritualidade franciscana. Segundo ele, se no Capítulo das Esteiras que realizamos em Aparecida fomos convidados a voltarmos a Assis, neste Capítulo todos devem sair em missão a partir do ch

As mulheres na caminhada do Povo de Deus

Frei Carlos Josaphat, OP As mulheres aparecem menos, entre autores e mestres espirituais. No entanto, são as mais numerosas e assíduas na escola vivida da oração. Esse contraste entre o ser e o aparecer bem pode servir de fio condutor para a nossa reflexão sobre as Santas Doutoras. Nada de mais oportuno e mesmo urgente para a espiritualidade, hoje, do que falar das mulheres, da sua presença, ativa e orientadora, na caminhada do Povo de Deus. Cumpre começar reparando o grande erro e a grande injustiça. Não se trata tanto de reivindicação em benefício de nossas irmãs lesadas.  Antes de mais nada,  é uma questão de restabelecer a verdade. A Igreja não tem apenas “Pais” e “Doutores”. Em sua bondade e sabedoria, desde o começo e através dos tempos, Deus não cessou de suscitar “Mães” e “Doutoras” da Igreja. Elas vêm sempre contribuindo, de maneira discreta, porém efetiva, para a transmissão da vida e do conhecimento da fé. É deveras importante ir às fontes da discriminação. Tanto m