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O compromisso de manifestar Deus ao mundo


Frei Gustavo Medella

Epifania é a celebração de um Deus que se manifesta. Na etimologia do termo latino “manifestum”, encontram-se as palavras “manus” (mãos) e “festus”, que significa agarrado, apanhado. Manifestar-se é, portanto, tornar-se próximo, deixar-se apanhar pelas mãos. Esta é a atitude de Deus ao manifestar-se à humanidade na forma de um recém-nascido que espera ser carregado nos braços.

Os “magos”, segundo a origem do termo, peritos em adivinhação, deixam-se guiar pelo brilho da estrela, que não os conduz a nenhum projeto de grandeza, poder ou ostentação, mas a uma criança pobre. Estes adivinhos que, percorrendo o grande percurso desde o Oriente, aprenderam a enxergar com o coração e por isso não se frustraram diante da singeleza da cena mas, ao contrário, prostraram-se reverentes e ofereceram ao menino da periferia os presentes que traziam para o Rei.

No percurso que encerra nossa vida, também somos convidados a adquirir a experiência que o caminho nos proporciona. Também recebemos a chance de enxergar a partir de dentro, percebendo na simplicidade do presépio os grandes valores que fazem a nossa vida ganhar um novo sentido.

A epifania nos revela, assim, que o mesmo Deus que a nós se manifesta, deseja que O manifestemos a outros. Oferecer nossas melhores forças em favor da justiça, da paz e do respeito significa atualizar a adoração reverente dos Magos diante do Pequenino de Belém.

Estamos cheios de Herodes prontos para devorarem nossos sonhos e projetos. Basta olharmos para as mazelas que temos vivido em nosso país. No entanto, precisamos confiar que, assim como concedeu aos Magos, o Senhor há de nos revestir da esperteza necessária a fim de que possamos manifestá-Lo com garra e profecia a nossos contemporâneos.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br/

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