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O exemplo de partilha da Trindade para sermos generosos


Moacir Beggo

São Paulo (SP) – O 11º dia da Trezena de Santo Antônio, no Convento e Santuário São Francisco, no Centro de São Paulo, uniu neste sábado (10/6), às 15 horas, o tema do dia “Santo Antônio e Santa Maria: incentivai-nos à generosidade na partilha!” e a celebração do Mistério de Deus Uno e Trino na Solenidade da Santíssima Trindade. “O pedido que fazemos a Antônio e Maria é que nos incentivem a sermos generosos”, enfatizou o presidente da Celebração Eucarística e pregador da Trezena, Frei Gustavo Medella, que é Definidor e Coordenador da Frente da Comunicação na Província da Imaculada Conceição.

Depois, Frei Gustavo disse que celebrar a Trindade é celebrar um Deus que se faz comunidade, encontro e partilha. “O mistério do amor não cabe em si. Só pode ser compreendido no extravasamento de qualquer medida ou limite que nossos padrões humanos conseguem prospectar”, explicou Frei Medella.

Segundo o frade, Deus se reparte sem perder sua onipotência e sua unidade e se faz presença próxima de todos em todos os lugares. “O seguimento de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, quando sério e comprometido, só pode nos conduzir pelo caminho da partilha dos dons, dos bens, das forças, dos talentos, da vida”, ensinou, exemplificando a história do “Pão de Santo Antônio”, que tem sua origem num fato curioso que se conta a respeito do santo franciscano e que tem íntima relação com o tema da partilha. “Diz que ele se comovia tanto com a pobreza que, certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do Convento em que vivia. O frade padeiro ficou em apuros, quando, na hora da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer. Preocupado, foi contar ao santo o ocorrido, porque pensava que alguém tivesse roubado o pão. Santo Antônio mandou que o padeiro verificasse melhor o lugar em que os tinha deixado. Para sua surpresa e alegria, encontrou os cestos transbordando de pão, em tanta quantidade que foram distribuídos aos frades e aos pobres do Convento”, relembrou Frei Medella.

Para o frade, é o espírito de partilha que começa no mais básico: o alimento para sustentar a vida. “E partilhar é uma habilidade que se reforça com treino. Jesus Cristo foi tão excelente nesta arte que, ao partilhar seu tempo, seu alimento, seu abraço, sua atenção, enfim, tudo o que recebeu do Pai, acabou por partilhar-se por inteiro na Eucaristia que hoje celebramos”, observou.

“E por este caminho, o Espírito Santo nos conduz. Quando falamos de partilha, devemos sonhar alto. Construir uma comunidade de fé aqui no Centro de São Paulo que se destaque pela acolhida, pela partilha, pelo bem que se espalha e chega aos lugares onde ele faz mais necessário. Que todos os que aqui vierem saiam melhores, seja pelo gesto de atenção, por perceber que aqui é um lugar onde se reúnem pessoas que acreditam num Deus que se faz comunidade, encontro e partilha”, desejou.

No final de sua homilia, como faz diariamente na Trezena, deixou um desafio aos fiéis devotos de Santo Antônio: cada um deve fazer a sua parte seja nas pastorais, nos movimentos e nas organizações da Igreja para que sejamos cada vez mais uma Igreja em saída, servidora, generosa, conforme nos pede o Papa Francisco.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br/

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