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Papa: "Albaneses são um povo de irmãos"



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa retornou a Roma domingo, 21, depois de uma visita de 11 horas à Albânia, onde fez chamados à tolerância entre as religiões e animou a seguir o modelo de um país exemplar para a convivência pacífica entre várias confissões.

O avião que transportou o Pontífice de Tirana a Roma aterrissou no aeroporto romano de Ciampino minutos depois das 21h, (hora local). No vôo, cumpriu a tradição de trocar algumas palavras com os jornalistas e assinalou que a Albânia é um país de maioria muçulmana, ressalvando, no entanto:

“Mas não é um país muçulmano, e sim europeu”, sublinhando a importância da cultura da “convivência e fraternidade” no país balcânico. Francisco explicou ter descoberto que os albaneses “não são tolerantes, mas irmãos, têm a capacidade da fraternidade, e isto se vê na convivência, na colaboração entre as religiões: islâmicos, ortodoxos e católicos, e colaboram como irmãos”.

Francisco concluiu assim a sua primeira viagem oficial a um país da Europa desde que foi eleito em março de 2013 e a quarta internacional, depois de Brasil, Terra Santa e Coreia do Sul.

Durante sua permanência na Albânia, que já recebeu São João Paulo II em 1993, Francisco prestou homenagem aos mártires religiosos do comunismo e elogiou “os cristãos que não se dobraram diante da ameaça, mas mantiveram, sem vacilar, seu caminho de fé”.

Em 1967, o ditador Enver Hoxha proclamou a Albânia o primeiro “país ateu” no mundo. Várias igrejas e mesquitas foram destruídas. Atualmente, dos três milhões de albaneses, os muçulmanos representam 56% da população, que tem ainda 15% de católicos e 11% de ortodoxos.

O Pontífice deixou o país dos Bálcãs com um recipiente de cristal com terra do país da Madre Teresa de Calcutá, um presente entregue pelo primeiro-ministro em nome de todos os albaneses.

Entre as próximas viagens programadas pelo Papa estão visitas à sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo (França) em 25 de novembro, à Turquia, também em fins de novembro, e no ano próximo, em janeiro, às Filipinas e Sri Lanka.


Fonte: Rádio Vaticano

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