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A missão de trazer o céu à terra




“Embora fosse de divina condição, Cristo Jesus não se apegou ciosamente a ser igual em natureza a Deus Pai. Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus Pai! Porém esvaziou-se de sua glória e assumiu a condição de um escravo, fazendo-se aos homens semelhante” (Fl 2, 6-7). Este trecho da Carta de São Paulo aos Filipenses não faz parte da Liturgia da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, que celebramos neste domingo. No entanto, a atitude de entrega de Jesus exposta pelo apóstolo é fruto dos valores que Maria ensinou a seu filho com palavras e, mais ainda, com o próprio modo de ser.

Se Jesus não se apegou a ser igual em natureza a Deus Pai é porque sua mãe também jamais de vangloriou de ter sido eleita pelo mesmo Pai para trazer ao mundo o Salvador. Sempre encarou tal prerrogativa como um chamado à responsabilidade para se colocar a serviço, assim como se colocou à disposição de Isabel, sua prima Idosa que estava grávida, conforme se lê no Evangelho de São Lucas (Lc 1,39-56), proclamado na missa deste fim de semana.

A Glória de Maria que se celebra na festividade da Assunção é justamente esta entrega sem reservas ao plano de Deus, que a transporta da terra ao céu ou, se preferir, que através dela traz o céu até a terra, transformando-a em habitação do próprio Deus. Todos nós, diariamente, somos convidados a trazer o céu à terra, colocando-nos como servidores fiéis de Cristo na pessoa de quem precisa. Que Nossa Senhora da Glória nos inspire ações, gestos e palavras que ergam o caído, que libertem o humilhado e que ninguém saia de nossa presença pior do que quando chegou. Viva Nossa Senhora da Glória!

Frei Gustavo Medella

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