A triste sorte da ilustre Princesa excitou a compaixão das pessoas de bem.
Sua tia Matilde, religiosa de um convento, mandou buscá-la e a acolheu em sua abadia.
O Rei André chamou-a de volta para a Hungria, mas ela não quis retornar à sua terra.
Foi então que os cruzados voltaram do Oriente.. E os cavaleiros ficaram indignados.
Formaram uma comitiva e se dirigiram ao Castelo de Wartburgo.
O nobre Embaixador que jurara cuidar dela ia à frente, para tomar a defesa de sua protegida.
- Senhor - disse ele ao duque Henrique - ouvimos contar coisas infamantes a vosso respeito, que envergonham nosso País e nosso Príncipe. Que fizestes de nossa Princesa Isabel? Como cavaleiro devíeis defender as viúvas e os órfãos. E vós os ultrajastes. Eu vos digo: esse pecado atrai a vingança de Deus!
A Duquesa Sofia começou a chorar. Henrique abaixou a cabeça sem dizer palavra.
O nobre senhor continuou a censurar energicamente o indigno irmão do Príncipe Luís.
E a franqueza do Cavaleiro tocou o coração do Duque.
O jovem Henrique desfez-se em lágrimas. Chorou por muito tempo e depois disse:
- Eu me arrependo profundamente e farei reparação. Para isso dou todos os meus bens até a minha vida.
O nobre senhor foi então procurar a Princesa santa. Ela tudo perdoou, prontamente, dizendo:
- Eu não quero nem seus castelos nem seus bens.
Henrique acompanhado de Conrado e da Duquesa Sofia, se encontrou com Santa Isabel. Ela concedeu-lhe o perdão e o abraçou.
Mas, por direito e justiça, o filho de Santa Isabel, o Príncipe Hermann, foi declarado legítimo herdeiro da Turíngia.
Livro: Santa Isabel da Hungria de Maria Isabel de Azeredo Santos
Petrus Editora
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