A justiça e honra fugiram do coração dos Duques Henrique e Conrado, irmãos do Príncipe Luís. Eles declararam guerra à viúva e aos órfãos que tinham jurado defender.
Cobiçoso de reinar na Turíngia, o Duque Henrique usurpou o poder e expulsou Santa Isabel e seus filhos do castelo, cobrindo-a de ultrajes e injúrias.
Santa Isabel suplicou para ficar, mas em vão. As portas do castelo se fecharam. Era inverno.
A neve caía naquela noite. Não havia cavaleiro para defendê-la, pois todos os bons havia partido para a Cruzada.
A filha de reis desceu a pé o rude caminho que conduzia à vila. Ela levava nos braços a pequena Gertrudes. Duas damas fiéis a seguiam no abandono. Era inverno e fazia um frio rigoroso.
Chegando à vila, foi recebida com toda a ingratidão. Em vão bateu à porta das casas. O Duque Henrique havia espalhado calúnias contra ela; ninguém a quis receber.
Um hoteleiro lhe deu asilo, para aquela noite, num pobre casebre que guardava os animais. Ele fez sair os animais e deu esse lugar horrível à Princesa da Turíngia, à filha de Reis da Hungria!
Que humilhação! O sino bateu meia noite. Seus filhos tinham fome e frio. Santa Isabel rezou.
Assim foi a primeira noite passada naquele abandono, que fazia lembrar o presépio de Belém.
Livro: Santa Isabel da Hungria de Maria Isabel de Azeredo Santos
Petrus Editora
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