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Encontro Fraterno


No iniciar desse encontro do dia 17 de fevereiro, fomos agraciados com a presença de Frei Diego Atalino para celebrar a missa. Frade esse transferido da cidade de Guaratinguetá para o próximo triênio, fixando residência e trabalho vocacional no convento. Como de costume, nos conduzimos para o prédio Frei Galvão e no salão do subsolo saborear nosso cafezinho, com alegria contagiante recebemos o grandioso Frei Gustavo Medella, não me referindo a sua estatura, mas sim a simpatia exemplar a nós família franciscana. Sendo solicitado que dirigisse a oração matinal Frei puxou o sublime canto acompanhado por vozes pouco afinadas porém envolvidas ao extremo, conforme disse a ministra “parecemos maritacas” A formação foi focada no tema da campanha da fraternidade 2013, critérios franciscanos da verdade e da transparência, família, jovens e sexualidade, (como mostra texto abaixo)
Com palavras simples e firmes e na direção pedagógica, Frei Medella maestrou a aula. Uma pequena reflexão dita pelo frei “ Quando pecamos Deus fica triste e não nos perdoa” A misericórdia de Deus é infinita, o pecado não fere a Deus, fere a nós mesmos, por isso Deus fica triste “ Por nós”.
Diante de todos os fatos descritos atingiu-se um grau de questionamento onde esclarecimentos não faltaram, tanto que o frei se dispôs num próximo encontro explanar melhor o tema.
A pedido da ministra, vamos todos juntos pedir a Deus para que nessa nova caminhada, Frei Gustavo Medella possa ser nosso dirigente espiritual como foi solicitado ao Provincial.
Após o almoço seguiu-se a formação dos simpatizantes, iniciantes e noviços com seus respectivos formadores, já os professos se reuniram na tradicional coroa franciscana, dando-se por encerrado nosso domingo fraterno. Paz e Bem. 




















Irmã Wilma recebe placa de 60 anos de profissão










Enquanto uns rezam a coroa franciscana





 irmã Neusa molha as plantinhas 




VIDEOS













Formação Frei Gustavo


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013
Fraternidade e Juventude
“Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

Objetivo Geral: Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para o seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”.

IMPACTO DA MUDANÇA DE ÉPOCA
1) Contexto atual
• Mudança de época que altera muito os paradigmas (valores, modos de relação etc.), com diversidade de novas visões do mundo e da vida. Estamos na transição de uma cultura para outra e cultura da estabilidade não responde ao atual momento histórico
2) Forte impacto nas pessoas
• As mudanças atingem todos os campos e o impacto na religião também é muito grande. Uma inevitável crise de sentido atordoa as pessoas e atinge seus critérios de julgamento e os valores mais profundos.
• As relações deixam de acontecer na gratuidade (lógica do dom substituída pela lógica da retribuição).
• NEGATIVO: Papel dos pais e da escola são substituídos pelos MCS; Imposição de uma cultura homogênea pela mídia.
• POSITIVO: Valorização da pessoa (consciência e experiências); Reconhecimento da diversidade cultural; O avanço tecnológico e a expansão das relações
3) Fragilização dos laços comunitários
• Falta de critérios, relativismo e fundamentalismo, com fragilidade dos laços sociais e comunitários e fragilidade das instituições.•
• Neoliberalismo, cobranças e árdua competição. A profissão assume lugar de prioridade da profissão no projeto de vida.
• Afetividade autônoma e narcisista.
• Empobrecimento da consciência do mistério do ser humano, com banalização e desrespeito que negam ou ameaçam a vida (aborto, células tronco embrionária, exploração, trabalho escravo, prostituição infantil, promiscuidade).
• Felicidade no presente e ausência de sonho de felicidade futura.
4) Ativismo privado e atuação do jovem
• Valorização do privado, sem o Estado, com ações e projetos concretos e imediatos
• Hoje a atuação do jovem é diversificada, com disposições éticas e ações concretas nos espaços  esportivos, ambientalistas, religiosos, identitários, culturais, questionadores da globalização, redes sociais e outros. Quando orientados, os jovens não são manipulados

CULTURA MIDIÁTICA
• A informática e o novo modelo de agentes da comunicação: comunicação dialógica (internet, aldeia global e redes sociais).
}  1)Redes sociais como ambiente
      • O jovem não vive mais sem os instrumentos tecnológicos. A ambiência midiática é uma teia de novas tecnologias em que se pode ser, rapidamente, ouvido, visto, considerado (Comunicar é inter-relacional, é vida). Possibilita a interação de pessoas e formação de grupos
       • Risco de estar sempre conectado e privilegiar essa forma de encontro, em detrimento da presencial, que é o mais importante
}  2) Um novo modo de relacionar-se
       • Aceleração contínua de novos comportamentos
       • Os jovens querem ser autores e participantes dos processos de relacionamento (Eles se sentem motivados pelos desafios que esse novo . Conhecem e dominam as linguagens das novas mídias).
}  3) As novas gerações diante da sociedade
   • Os jovens dominam as relações baseadas na interatividade, o que ocasiona uma mudança de poder nas relações humanas mais significativas da sociedade, originando, inclusive, uma nova maneira de se relacionar na família. Alguns adolescentes e jovens tendem a um isolamento e fica um desafio para a família: estabelecer regras e relacionamentos capazes de um uso sadio e proveitoso desses instrumentos.
   • Na educação, percebe-se a busca de uma abordagem nova, onde há o questionamento do modelo do professor que ensina  O saber passa a ser construído de maneira colaborativa, interativa e prática.
   • Jovens mais abertos ao mundo e à solidariedade (voluntariado), com maior sensibilidade diante dos problemas globais.
       • No entanto, o número de excluídos digitais é alarmante.
}  4) As novas gerações diante da Igreja
       • Os jovens querem ser ativos na Igreja. Eles acreditam em Deus, amam Jesus e buscam o sagrado.
   • O avanço tecnológico não impede uma atitude de fé e o ciberespaço é lugar de evangelização.
       • As redes sociais aproximam o jovem da missão.
       • Evangelização deste continente digital
       • Desafio: inclusão digital de nossas paróquias e comunidades, pastorais e movimentos
       • Novas questões precisam ser mais aprofundadas
       • Atitude educativo-interativa com os jovens
       • Uma ética que considere a comunicação como espaço de relações e de cultivo de valores
       • Buscar meios que tornem possível a inclusão
       • Família, escola, Igreja e autoridades públicas possibilitem não somente a inclusão digital.
        
       FENÔMENO JUVENIL
1) A formação da subjetividade
• Subjetividade: modos de existência produzidos nos diversos contextos em que as pessoas se encontram. Processo de constituição de uma vida, de uma existência, da pessoa, do “eu”.
2) Pluralidade entre os jovens
• Sociedade atual: fluidez e fragmentação, relações horizontais e abertas, fragmentação das instituições em pequenos grupos unidos por gostos e interesses.
• Mudança dos jovens na Igreja: de pertença territorial para pertença existencial e afetiva
3) Formas associativas dos jovens
• Cresce a organização dos grupos juvenis no mundo midiático. A maior organização se percebe no mundo urbano. Há o fenômeno das tribos: agrupamentos com costumes, aparência, estilo musical e moda peculiares.
• De acordo com pesquisa, os grupos religiosos são o principal espaço de agregação e socialização dos jovens nos anos dois mil. Grande número tende a propostas mais radicais e as Igrejas se apresentam como espaço de agregação e sociabilidade. A pertença influencia a visão de mundo e de si.
• Outra vertente que tem chamado a atenção da juventude são as iniciativas solidárias.
4) Novas linguagens
• Comunicação em tempo real, linguagem mais simplificada, veloz e direta, própria em seus aspectos gerais. Tais linguagens produzem suas subjetividades próprias.
5)  Desigualdades juvenis
 • A desigualdade da renda, nos espaços urbanos, na escolaridade, no trabalho, a desestruturação das relações familiares, a violência, também aquela institucionalizada e que atinge pesadamente os jovens, o que cria estereótipos ligando juventude e violência. Há ainda a exclusão digital e violências em rede, com desigualdade em relação à possibilidade de conexão.
 • O desafio é criar ações e mobilizações para a superação dessa situação, com a construção de uma sociedade que ofereça condições de vida a todos.




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